O Diário de Anne Frank: um diário que deve ser lido e nunca esquecido

A leitura do diário de uma adolescente reclusa em um esconderijo por pouco mais de 2 anos é uma tarefa que exige preparo psicológico. O texto é forte. O cotidiano da família judia Frank e agregados no “anexo” é narrada em detalhes nas páginas escritas por Anne: os conflitos entre os habitantes, as notícias da guerra, as angústias pessoais da menina e, claro, o temor sempre presente de serem descobertos.

O Diário de Anne Frank: um diário que deve ser lido e nunca esquecido

Como é sabido, em 1944, a família foi descoberta e encaminhada para campos de concentração e Anne Frank acabou morrendo no campo de concentração de Bergen-Belsen, mesmo local onde também sucumbiu Margot Frank, sua irmã. O pai de Anne foi o único sobrevivente entre todos os que estiveram no “anexo”. O diário lhe foi entregue após a sua libertação por Meio Gies, a funcionária que ajudou a família durante a vida no esconderijo.

O texto do diário é um ícone da resistência ao nazismo: alcança já mais de 35 milhões de cópias vendidas, traduzido para mais de 70 idiomas e foi declarado pela UNESCO como patrimônio da humanidade.

Durante muito tempo se debateu sobre a autenticidade do documento e sobre possíveis alterações que teriam sido feitas por Otto Frank. Contudo, uma comissão do Instituto Estatal Neerlandês para Documentação de Guerra validou a autenticidade do texto.

Hoje, o diário pode ser visto no memorial Casa de Anne Frank, em Amsterdam. O espaço é o mesmo que foi utilizado pela família e ainda preserva o “anexo secreto”.

Em tempos de isolamento social, fruto da pandemia, e de avanço do pensamento fascista pelo mundo, o contato com o Diário de Anne Frank pode ser fonte de refúgio para encarar as dificuldades geradas pela Covid-19, a “fadiga pandêmica”, e também de profunda reflexão sobre as terríveis consequências da adoção dos pensamentos políticos nazistas e fascistas.

Encontre a sua edição e boa leitura!